Aluno-pesquisador:
Orientador:
- Professora Fernanda Prates
Ano:
Escola:
- Direito Rio – Escola de Direito Rio de Janeiro
A realidade das condenações injustas está se tornando cada vez mais visível em nosso sistema de justiça penal. Casos em que pessoas são libertadas após prisões equivocadas ou têm sua inocência reconhecida após repetidas condenações são um sinal claro de falhas sistêmicas. Esse fenômeno, conhecido como condenações injustas ou "Wrongful Convictions" em inglês, levanta sérias questões sobre a qualidade da justiça e os erros que levam a tais decisões. Estudos e iniciativas como o "National Registry of Exonerations" nos Estados Unidos e o "Innocence Project" no Brasil têm sido fundamentais para a análise da veracidade dos exames de DNA e como esses exames podem tanto revelar quanto contribuir para condenações equivocadas. Essas ações, juntamente com pesquisas acadêmicas e análises profundas, têm fomentado reformas significativas na estrutura da justiça criminal, muitas vezes em resposta às demandas por mudanças mais justas e precisas. Através de estudos realizados em sala de aula, foi possível compreender que as condenações injustas refletem um problema estrutural, decorrente não apenas de decisões individuais equivocadas, mas também de falhas sistemáticas em um sistema penal frágil.
Identificação errônea de testemunhas, reconhecimento fotográfico incorreto, confissões falsas e erros periciais são fatores que contribuem para essas condenações injustas. Embora esses fatores sejam amplamente reconhecidos, estudos específicos sobre essas dinâmicas ainda são escassos no contexto brasileiro, destacando a necessidade de dados mais detalhados para uma compreensão aprofundada do fenômeno no país.